RELATÓRIO PEDAGÓGICO
Resolução Se 11/2008
alunos com deficiência intelectual
Área de deficiência:
Deficiência Intelectual
- Escola Estadual
Antonio Ferraz
- Diretoria de Ensino
Região de Jaú
I-
Relato
dos professores da classe regular:
A-
Intervenção
e interação afetiva, social e familiar
Em entrevista com a mãe, ela relata que
ele é o primeiro filho do casal. Durante a gravidez fez
acompanhamento em pré-natal no PAS de Mineiros do Tietê. A gravidez foi de nove meses completos e sem complicações que
caracterize seriedade; nasceu de parto normal em Hospital São José de Barra
Bonita. Seu desenvolvimento neuropsicomotor foi normal, sentou aos seis meses,
engatinhou aos oito meses, andou aos 14 meses e falou aos 15 meses as primeiras
palavras, sendo que frases completas só aos dois anos.
Sua queixa principal surgiu ao iniciar o
período de escolaridade, ou seja, a pré-escola porque não conseguia desenvolver
habilidades de escolaridade dentro dos padrões pela idade. Foi encaminhado ao
Hospital Estadual de Bauru para avaliação com neuropediatra a qual questionou-se
o diagnóstico de Distúrbio de Aprendizagem, confirmado posteriormente.
Quanto ao comportamento diário, o aluno apresenta interação satisfatória com colegas, professores e
funcionários. É sociável e independente, auxilia a mãe nos afazeres domésticos.
Diante de conflitos e frustração costuma calar-se e não demonstra suas ideias.
Fica claro nesse tipo de comportamento sua dificuldade no aspecto educacional,
tem vocabulário limitado, aprendizagem lenta, dificuldade de compreensão e em
relacionar conceitos, frequentando por anos classe de PIC.
Diante de tantas dificuldades, até mesmo
de ordem fonética, foi encaminhado à fonoaudióloga para avaliação e tratamento
durante o ano letivo de 2012. Nessa época fora constatado o seguinte
diagnóstico: apresenta dificuldades na discriminação auditivas de diversos
fonemas, memória mediata auditiva, na memória imediata e mediata visual
apresenta dificuldades na memorização de objetos e frases lidas. Na escrita faz
aglutinações de palavras e apresenta um número acentuado de trocas e erros
ortográficos e gramaticais. Na elaboração de escrita, apresenta dificuldades em
utilizar elementos gramaticais e organizar uma estrutura sintática numa frase. Demonstra
pouca capacidade de raciocínio e ainda não reconhecendo o alfabeto completo,
apenas algumas letras. Também apresenta dificuldade de aprendizagem na escrita,
não estabelecendo correspondência entre segmentos do falado e segmentos do
escrito, bem como em copiar atividades da lousa, o aluno troca palavras.
A leitura é silabada e apresenta grande dificuldade na sequencialização de
frases lidas.
Enfim, apesar de grande esforço, se
frequentar sala de recurso é um aluno com bom prognóstico.
B-Avaliação
dos professores – observação descritiva nas diversas situações escolares:
Segundo relato dos professores atuais, do
6º ano, o aluno consegue trabalhar cooperativamente,
interage nas leituras compartilhadas,
não demonstra problemas de relacionamento. É muito prestativo em ajudar
colegas, professores e funcionários.
Sua maior dificuldade está centrada na
concentração de leitura silenciosa, apresenta dificuldades na leitura em voz
alta e em algumas situações não consegue interpretar textos, perdendo o sentido
daquilo que lê; necessita de muita estimulação para o desenvolvimento dessa
habilidade. Produz apenas frase curtas e com pouca riqueza no vocabulário.
Normalmente não demonstra
agressividade e atende as solicitações e acata as normas de convivência; durante
as aulas participa satisfatoriamente das atividades, não fica perambulando pela
sala de aula.
Em Matemática estabelece relações
entre quantidade e símbolo; lê e registra números; domina todas as operações
matemáticas, porém multiplicação e divisão com números menores, requer mais
treino; tem noção temporal, reconhece cédulas e moedas e faz uso de cálculos
mentais com grau compatível com a idade.
No contexto escolar, por meio de
contato direto com os professores, são propostos adaptações curriculares para o
melhor aproveitamento do conteúdo escolar através de recuperação contínua,
atendimento individualizado e atividades diversificadas. Mesmo oferecendo todas
as estimulações no ambiente escolar, a aluna não obteve muitos avanços
satisfatórios na aprendizagem necessitando frequentar a sala de recursos.
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I-
Relato
dos professores da classe regular:
A-
Intervenção
e interação afetiva, social e familiar
A
aluna é a terceira filha do casal, e segundo
relatos da mãe, sua gravidez foi bastante conturbada e agitada, devido ao pai
ser usuário de drogas. Gestação de nove meses completos, acompanhados em
pré-natal por médico pertencente ao PAS do município de Mineiros do Tietê. A
mãe deu a luz, parto normal, dentro da ambulância na presença e auxílio de uma
enfermeira e ajuda do motorista. Somente após rompimento do cordão umbilical,
ambas, foram encaminhadas à Santa Casa de Misericórdia de Jaú.
A
aluna apresentou desenvolvimento neuropsicomotor normal no primeiro ano de
vida, porém desde a pré-escola faz acompanhamento com médico neurologista,
psicóloga, fonoaudióloga, apresenta CID F 70.1 ( Retardo Mental).
Sempre
foi uma criança que demonstra agressividade em situações de conflito; usando
meios físicos para alcançar o que deseja; por isso o neuropediatra indicou
medicamentos específicos, a qual faz uso até a presente data.
Atualmente,
apresente comportamento adequado para a idade e para o convivo familiar, com
professores e colegas; não usa de agressividade para expor suas ideias.
Socialmente adaptada às normas e regras escolares que muitas vezes auxilia
professores com materiais e distribuição dos mesmos em sala de aula, porém com
significada defasagem nos conceitos pedagógicos.
B-Avaliação
dos professores – observação descritiva nas diversas situações escolares:
A aluna,
12 anos, matriculada no 6º ano A do Ensino fundamental, nesta unidade de
ensino, no período da manhã, com base no relatório pedagógico dos professores e
coordenadora pedagógica, constata-se que a aluna apresenta baixo desenvolvimento
escolar, com pouca evolução em seu processo de aprendizagem, dificuldades de
assimilação e a retenção de conceitos desde a pré-escola.
Ao ingressar nesta unidade, foi feita a
Avaliação Diagnóstica em Processo e a aluna apresentou resultado muito abaixo
do esperado da média pela sua idade. Reconhece as vogais, porém as consoantes
ainda têm suas omissões. Embora seja uma aluna esforçada, apresenta grande
dificuldade na leitura, interpretação e produção: vocabulário pouco explorado,
frases curtas, trocas na escrita e muitas vezes sem sentido. Percebe-se que
a aluna possui dificuldade de compreensão de estruturas mais complexas de
linguagem.
Apresenta comportamento satisfatório
desde que iniciou tratamento medicamentoso: Imipramina 25mg, Clorpromazina
25mg, Tofranil 25mg (receituário anexo). A aluna já realizou acompanhamento com
psicólogo e fonoaudiólogo, sendo que, devido ao grau de evolução recebeu alta.
Em Matemática não domina as operações de divisão e não faz cálculos
mentais e com pouco domínio na multiplicação, necessitando de material visual e concreto para a realização das atividades, deixando os conceitos simples
a desejar pelo ano que se encontra.
No contexto escolar, por meio de contato
direto com os professores, são propostos adaptações curriculares para o melhor
aproveitamento do conteúdo escolar através de recuperação contínua, atendimento
individualizado e atividades diversificadas. Mesmo oferecendo todas as
estimulações no ambiente escolar, a aluna não obteve muitos avanços satisfatórios
na aprendizagem necessitando frequentar a sala de recursos.